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20
Mar

Boi gordo: pecuaristas controlam a oferta e frigoríficos seguem com pouca força de compra

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, em São Paulo, os preços dos animais terminados fecharam o dia estáveis, “mas pressão é de baixa”
Boi gordo: pecuaristas controlam a oferta e frigoríficos seguem com pouca força de compra

O cenário atual – de estabilidade nos preços do boi gordo, mas com tendência de baixa – reflete os pecuaristas controlando a oferta, na expectativa de uma possível recuperação nas cotações, enquanto os frigoríficos continuam adquirindo animais terminados de forma ponderada e cautelosa – uma dinâmica que pode persistir ao longo do primeiro semestre, observam os analistas da Agrifatto.

No entanto, continua a consultoria, a partir de meados de junho, há a possibilidade de complicações do quadro atual, devido à degradação das pastagens naturais e à diminuição da capacidade de retenção do gado, o que provavelmente resultará em crescimento da oferta.

Segundo dados apurados pela Scot Consultoria, em São Paulo, os preços dos animais terminados fecharam o dia estáveis, “mas pressão é de baixa”.

“Apesar de estar andando de lado há 13 dias úteis, o viés é de baixa à cotação do boi gordo nesta segunda quinzena de março”, reforça a Scot.

Com a proximidade da Semana Santa e o final do mês, a expectativa é de demanda enfraquecida para o escoamento de carne bovina e, consequentemente, menores preços ofertados pela arroba bovina, acrescenta a consultoria.

Assim, nesta quarta-feira (20/3), de acordo com a Scot, o boi gordo paulista continua valendo R$ 230/@, a vaca gorda está sendo negociada por R$205,00/@ e a novilha é vendida por R$ 220/@ (preços brutos e a prazo). O “boi-China” está cotado em R$ 235/@ no Estado de São Paulo, com ágio de R$ 5/@ sobre o animal gordo “comum”.

Com o início do outono, a perspectiva é de que a pressão baixista se intensifique Brasil afora”, prevê a Scot Consultoria.

Na terça-feira (19/3), o contrato do boi gordo com vencimento para abril de 2024 ficou precificado em R$ 227,45/@, com desvalorização de 0,39% no comparativo diário, informa a Agrifatto.

Varejo/atacado – Sem alterações significativas de comportamento, tanto as vendas de carne bovina nos balcões do varejo quanto as distribuições de carne com ossos no atacado enfrentam desafios expressivos e se estabelecem como fracas desde o final da semana passada, de acordo com apuração a Agrifatto.

“Apesar de ajustes negativos nos preços do atacado nas negociações da semana passada, a queda no consumo durante a segunda quinzena de março superou as previsões, resultando em um impacto significativo nas vendas do varejo”, observam os analistas da consultoria.

Dessa maneira, continua a Agrifatto, um volume considerável de mercadorias permanece estacionado nos distribuidores sem previsão de descarga até esta quarta-feira (20/3).

“Houve um aumento nos retornos parciais devido à problemas de qualidade, assim como nas devoluções totais por outros motivos, principalmente relacionados à carne envelhecida”, informa a consultoria.

Além disso, vários frigoríficos estão embarcando e despachando carne sem destino determinado e sem venda confirmada. “Com o mercado atacadista ainda em formação e, até o momento, com as negociações completamente paralisadas, até dianteiro e ponta de agulha, antes bastante demandados, perdem liquidez”, ressalta a Agrifatto.

Poucos negócios desses produtos foram fechados a R$ 13,50/kg, um preço que está se consolidando como referência.

Assim, diz a consultoria, o cenário atual sugere uma possível retração das cotações de quase todas as mercadorias (cortes bovinos) em torno de (ou até mesmo acima) R$ 0,50/kg.

“Com a aproximação da Semana Santa, a tendência é de cotações com sustentação fraca nas negociações semanais”, justifica a Agrifatto. Não se descartam ajustes negativos para a maioria dos produtos com ossos, acrescentam os analistas.

Preços dos animais terminados apurados pela Agrifatto na quarta-feira (20/3):

São Paulo — O “boi comum” vale R$220,00 a arroba. O “boi China”, R$240,00. Média de R$230,00. Vaca a R$205,00. Novilha a R$220,00. Escalas de abates de doze dias;

Minas Gerais — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de doze dias;

Mato Grosso do Sul — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$195,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias;

Mato Grosso — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$195,00. Escalas de abate de oito dias;

Tocantins — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de dez dias;

Pará — O “boi comum” vale R$205,00 a arroba. O “boi China”, R$215,00. Média de R$210,00. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;

Goiás — O “boi comum” vale R$210,00 a arroba. O “boi China/Europa”, R$220,00. Média de R$215,00. Vaca a R$190,00. Novilha a R$200,00. Escalas de abate de nove dias

Rondônia — O boi vale R$190,00 a arroba. Vaca a R$180,00. Novilha a R$180,00. Escalas de abate de doze dias;

Maranhão — O boi vale R$205,00 por arroba. Vaca a R$185,00. Novilha a R$190,00. Escalas de abate de onze dias;

Paraná — O boi vale R$220,00 por arroba. Vaca a R$200,00. Novilha a R$205,00. Escalas de abate de nove dias

Fonte: Portal DBO (portaldbo.com.br)

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