02
Jun
As exportações de carne bovina dos EUA aumentaram significativamente nas últimas semanas, na esteira do veto temporário aos embarques da Argentina, decisão tomada recentemente pelo governo, visando conter o quadro inflacionário no país.
Durante a segunda e terceira semana de maio/21, o país norte-americano registrou um incremento de 29% nas exportações semanais de carne bovina, informa o consultor Yago Travagini.
Com isso, continua o analista, a busca por alternativas já começou a ocorrer, e os EUA são os primeiros a “surfa nesta onda”, sobretudo em relação ao mercado chinês.
As vendas líquidas da proteína bovina norte-americana à China, que detinha na Argentina seu segundo principal fornecedor, aumentaram 197% em comparação com o que vinha sendo registrado durante o ano de 2021, observa Travagini.
Somente nas duas últimas semanas, os EUA venderam 18,20 mil toneladas de proteína bovina ao mercado chinês.
Antes dessas duas semanas, os norte-americanos demoravam em média de quatro a sete semanas para conseguir vender 18 mil toneladas de proteína bovina à China, compara o analista.
Historicamente, a China importa mais carne durante o segundo semestre do ano, o que deixa indício de que as compras poderão aumentar ainda mais nos próximos meses. “O Brasil precisará ficar atento, caso queira surfar também neste vácuo deixado pela Argentina”, destaca Travagini.
Fonte: Portal DBO